Prepare o seu coração Pras coisas que eu vou contar Eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão E posso não te agradar
Aprendi a dizer não Ver a morte sem chorar A morte, o destino, tudo Estava fora do lugar Eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi Mas um dia me montei Não por um motivo meu Ou de quem comigo houvesse Que qualquer querer tivesse Porém por necessidade Do dono de uma boiada Cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo Laço firme, braço forte Muito gado, muita gente Pela vida segurei Seguia como num sonho Em que o boiadeiro era o rei
Mas o mundo foi rodando Nas patas do meu cavalo E os sonhos que fui sonhando As visões se clareando As visões se clareando Até que eu dia acordei
Então não pude seguir Valente, lugar tenente E dono de gado e gente Porque gado a gente mata Tange, fere, engorda e mata Mas com gente é diferente
Se você não concordar Não posso me desculpar Não canto pra enganar Vou pegar minha viola Vou deixar você de lado Vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi Boiadeiro, já fui rei Não por mim nem por ninguém Que junto comigo houvesse Que quisesse ou que pudesse Por qualquer coisa de seu Por qualquer coisa de seu Querer mais longe que eu
Mas o mundo foi rodando Nas patas do meu cavalo Já que um dia montei E agora sou cavaleiro Laço firme, braço forte De um reino que não tem rei
Compositores: Geraldo Pedrosa de Araujo Dias (Geraldo Vandre) (UBC), Theophilo Augusto de Barros Neto (Theo) (ABRAMUS)Editor: Fermata (UBC)Publicado em 1996 (06/Mai)ECAD verificado obra #922017 e fonograma #20234 em 25/Out/2024 com dados da UBEM