Lá no mourão esquerdo da porteira Onde encontrei vancê prá despedir Tenho uma lembrança minha derradeira É um versinho que eu lhe escrevi
Vancê, eu sei, passa esbarrando nele E a porteira bate pra avisar Vancê não sabe que sinal é aquele E nem sequer se alembra de olhar
E aqui tão longe eu pego na viola Aquele verso começo a cantar Uma sôdade é dor que não consola Quanto mais dói, a gente quer lembrar
Vancê talvez não sabe o que é sôdade Uma lembrança vancê nunca sentiu Pois esquecer às vez tinho vontade Essa vontade o meu peito feriu
No dia que doer seu coração, Duma sôdade que eu tanto senti Vancê chorando passa no mourão E lê o verso que eu mesmo escrevi
(Pedro Paulo Mariano – Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Joao Baptista da Silva (Joao Pacifico) (ABRAMUS), Raul Montes Torres (Raul Torres) (UBC)Editor: Fermata (UBC)Publicado em 2004 (03/Jun) e lançado em 2001 (01/Mar)ECAD verificado obra #1247635 e fonograma #816132 em 13/Abr/2024