Não esqueço a noite fatal Em que vi o meu amante O olhar duro e tão brilhante Como o aço de um punhal.
A sua boca mordia Suas mãos eram tenazes Deixando nódoas lilazes No meu corpo que sofria.
Maldita cocaína que roubaste o meu amante Que p’ra sempre enlouqueceu O teu poder fascina És um corpo de Bacante Com melodias de Orfeu Maldita cocaína Odeio-te e gosto de ti És a minha companheira Embora a mais traiçoeira Que eu amei e conheci.
Hoje não posso deixar Esse pó de maldição Vivo da sua ilusão Acordada e a sonhar.
A vida instante a instante Sinto que me vai roubando Mas ai de mim é sonhando Que me dou ao meu amante.
Maldita cocaína que roubaste o meu amante Que p’ra sempre enlouqueceu O teu poder fascina És um corpo de Bacante Com melodias de Orfeu Maldita cocaína Odeio-te e gosto de ti És a minha companheira Embora a mais traiçoeira Que eu amei e conheci.
Compositor: Cruz e Sousa / Almeida AmaralPublicado em 1988 (12/Ago) e lançado em 1988 (01/Ago)ECAD verificado fonograma #666650 em 21/Abr/2024